quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Dia 1.


you don't want me, you don't need me
like I want you, like I need you.
and I want you and I need you in my life.
you can't see me, like I see you
I can't have you, like you have me.
you can't feel me, like I feel you
I can't steal you, like you stole me.

49.


pintar é falar consigo mesmo para que alguém nos entenda.

48.


Arte não é uma opinião, é um conhecimento.

sábado, 18 de dezembro de 2010

cartas que nunca te mostrei



Querido céu de Marmelada,


O segredo ainda se encontra escondido no meu coração, sobre os meus sentimentos. Podes perguntar, mas jamais te direi quem é. E de todas as vezes que nos vimos os meus sentimentos são partidos em pedaços. Torna se num desperdício de palavras quando o momento é importante. De novo, só mostras, faz observações estúpidas. Mas, és mais doce do que qualquer pessoa que conheço. O sol logo vai se pôr. E eu não pude falar-te dos meus sentimentos de novo. Não conheces o meu amor, segredo que se esconde no meu coração. E todas as vezes que fizemos piadas, os meus sentimentos desaparecem, fazes o meu coração bater mais rápido. Sempre te observei, aquela antiquada, triste aparência, mal-humorado. Na ocasião mostras o teu lado sério, eu já o vi. Derretes e cais. O pôr do sol, sem segurares a minhas mãos, observamos juntos.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

sweet dark


O dia acabou, fico acordada. Um brilho suave sobre o meu ombro. Acordo de manhã e depois é tudo o mesmo. Destruir as memorias uma por uma do meu amargo passado. Não o substituirei, o que está feito está feito. Não acreditar é o melhor e não lamento. A escuridão seduz-me para voltar para casa. Sinto a dor, ainda, profundamente. Parece que não é muito para suportar, tem um núcleo agridoce dentro de mim. Ainda não sei ser eu própria.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

mundo descalço


Este sonho que persegue até a floresta, aquele sonho que tinha, uma vez, conflitos na neve branca. Apenas olha para dentro do céu nocturno e não há nada mais que uma bruxa. Já desejou a felicidade de alguém. Não quer usar mais vestidos pretos. Já interrompeu a felicidade de alguém. Não quer tornar se numa nuvem negra. Pés congelados pelo frio de Inverno, mesmo que use botas não é possivél caminhar. Gira a volta de amor humano. Agora, alguém sorri alegremente. O coração fica branco, espera para correr, descalço.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

árvore da tristeza


Mais do que palavras, mais do que respostas. Entre lágrimas, há um calor reconfortante. Eu desejo e procuro. A árvore da culpa aguarda sobre a colina. Os inocentes mortos. As memórias queimadas, silenciosamente afligidas. Almas minguantes. Sentimentos que precisam de ser ouvidos, permanecem despercebidos. Enfraquecem e, eventualmente, desaparecem. Se fechar os olhos, acabo por sonhar com coisas que acendem os meus medos. Os meus desejos passam despercebidos. A chuva fria cai. Cem pecado, mil escuridões. Desabam sobre mim. Ultrapassam o tempo e levam me embora. Mais que palavras, mais que respostas. Entre ouvidos, há um frio reconfortante. O vento carrega de um local para outro solitário, de onde ninguém consegue aproximar, quebra e desaparece. Raízes se espalham. Procurando por uma saída. Pelo significado da busca do amanhã. Vozes que ecoam do fundo.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

ilusão


Para mim, não passas de uma ilusão sem aparência. Sem a mesma forma. As costas das minhas mãos são pálidas, os meus pulmões de um vermelho profundo. Numa estrada de dezenas de milhares de quilómetros ou numa escuridão sem fim, moveste livremente, como desejas. Mesmo que eu supere a escuridão, não existo. Pois eu entendo que não sou capaz de encarar-te. Sem sonhos ou um coração, porém deste um sorriso, falaste. Palpitação momentânea, os sinais deixados na tela de cristal, a luz de uma ilusão não dura muito.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

amores de Dezembro


O sol ainda mal nasceu, mas a mulher e o homem já ardem de amor. Ela sobre ele, homem e mulher, desfazem a cama. E o mar que está louco pela mulher, prefere não olhar. Os céus não perdoam, nem a água, nem as algas nem o sal. Ao amanhecer, o homem já está no barquinho 'Da-me um beijo, amor, e espera por mim, quieta junto à costa'. O mar murmura 'Maldito pescador! Diz adeus a ela, não quero partilhar o seu coração!' Chora, chora e chora por ele. Espera, espera e espera ao pé da orla costeira até que o homem retorne. Dizem, na aldeia, que a rocha branca é a mulher. Coberta de sal e de coral, ela espera na praia. Não esperes mais, menina de pedra. o homem não voltará. O mar tem o como prisioneiro por não querer dar a mulher. A quem diga que quando há tempestades as ondas são provocadas pelo o homem, a lutar até a morte com o mar. Ela chora por ele, espera de pé e chora, chora sobre o mar.