Sai pela a porta e ninguém me impediu, não posso acreditar que haja alguma coisa dentro de mim, as memorias começam a desvanecer. Poderia continuar a correr, esconder-me até me encontrar, mas de certo isso nada mudaria. Já devia ter adivinhado o que viria a caminho, em vez disso deixei-me cair, porque enquanto estivermos por perto as coisas vão permanecer as mesmas. Pensava que sabia tudo em vez disso deixaram-me no fundo. Mal sei eu que me tratam como lixo, mal sei que não tenho aproveitado nada e que me seguro aquilo que não conheço de verdade. Oiço o meu coração a bater, bate através dos meus ossos, parece uma pedra a bater-me. Só quero ir para casa, olho para as linhas que o tempo desenhou, ele deixou pegadas negras, queria dizer adeus, mas não sobrou ninguém. Quebrei tudo, coloquei a minha mão no peito e senti este vazio, não há nenhuma batida no meu peito, não sobrou nada. Talvez seja um adeus ou então um ultimo carinho. Mal consigo dormir, outro sonho, um dia finalmente vou conseguir ver que as cicatrizes vão curam mas vão continuar a sangrar. Não percebo o porque de me mentires, deitei um ultimo suspiro, morri. Sei que não sou boa pessoa mas tenho pensamentos verdadeiros. Luto mesmo sabendo que estou a perder. Acolheste e eu fudi tudo novamente, mais uma promessa vazia.