segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Door

Aprendi as regra deles, deixei de ser subjugada pela a constante desgraça. Em criança era enganada, em rapariga agia de forma errada, privava os meus pensamentos com medo de que alguém os ouvissem, em jovem adulta aguento e aguento, prometi aos meus demónios não os ignorar mais. O que senti, o que soube, nunca refleti no que demonstrei. Não posso ver o que poderia ter sido, o que eu senti, o que eu sei, nunca fui verdadeiramente livre, nunca eu mesma, imperdoável. Eles dedicaram a sua vida para me tirar tudo, tentei agradar a todos. A minha vida tem sido a mesma, batalho constantemente, é uma luta que não consigo vencer. Uma mulher cansada, eles veem e não querem saber, já não se importam. A velha mulher já se prepara para morrer de arrependimentos. Deita-te ao meu lado, diz-me o que fazer, diga as palavras que quero ouvir para fazer os meus demónios ficarem. A porta esta fechada, não deveria de se abrir uma janela? Eu não me consigo entender, debaixo destes céus a porta começa a rachar mas não entra nenhum raio de sol através dela, talvez ainda seja cedo. O coração torna-se frio, cicatrizado permanece obscuro. Virei as paginas e transformei-as em pedras e bato na porta, deveria de abri-la? Doentia e cansada, permaneço sozinha.