sábado, 29 de dezembro de 2012

autoria Margarida Rebelo Pinto

«(...) Tu vives em mim por tudo o que representaste de bom e que foste de mau. E, no entanto, não tenho por ti nenhum sentimento de raiva, de revolta, de tristeza ou de desejo de esquecimento por todas as desilusões e dissabores que me causaste; fui eu que deixei que me fizesses mal e sei melhor do ninguém que nunca quiseste magoar. (...) As coisas mais insignificantes ainda me trazem a tua imagem. Lugares onde estivemos, frases, ideias, musicas, cheiros, pequenos nadas que me levam até à memoria do que fomos, memorias nas quais me deixo ir como se num barco que perdeu os remos.»