Amar, isso já é do destino. Pode ser determinado como travessura de Lúcifer. Não precisa de ser dito, todos o entendem. Um amor platónico, olhou e formou uma imagem. Olhos negros, grandes e profundos de um velho, que tipo de cor mais adequa? Erguei as minhas orelhas e com as costas arqueadas, minhas unhas rastejam, pianista num som tocado, uma linhagem ondulada, todo o meu corpo estremece. Toque um tango para mim, pianista exclusivo, o tempo passa, as minhas sete vidas não duram muito mais, acabo por esquecer o concerto nocturno. Repita mais uma vez, as minhas patas ocultam o sol menor, que tipo de acorde tocaras num jantar de luxo? Ergui a minha cauda, não passas de um bom desconhecido, e eu sou afinal de contas um gato comum, sem palavras, aproveitei o concerto nocturno de um par, o concerto nocturno de nós dois.