«Encontro-me num lugar perdido na ampulheta do tempo, pergunto-te se o nosso amor é o mesmo, porque eu ainda não te esqueci. Tu haveria dito que a relação poderia melhorar, e que deixarias o teu marido, que não havia problemas porque temos um ao outro. Disseste que duraria para sempre, mas agora duvido que fosse o teu único amante. Estou aqui a quatro anos, nem uma carta, não consegues sobreviver sozinha. Como posso sentir a tua falta se tu, gélida e maléfica, não sentes. Se precisas de tempo teu marido parte mais deixa-te jóias. Eu fiquei mas não deixei nada . Dentro desse olhar amargo agora só existem magoas e dor. Tornaste chuva, mas não existe fogo nesta terra deserta. Não falas comigo, não amar-te é mais difícil do que pensas, levaste-me a loucura. Então parti para guerra,
lembra-te não tens o mundo nas tuas mãos.»