sábado, 15 de janeiro de 2011

réquiem


A flor que liberta a luz do crepúsculo, espera pela chuva que não caiu. Caio num sono do qual não posso despertar. A voz suavemente chama o céu da escuridão, é uma mentira ou um sonho? Perdi o meu corpo, o coração pergunta que preço devo pagar e o que ganhava. A vida é delicadamente fugaz para remover as lágrimas. A morte que é conhecida por todos, que traz ela, medo e sombras? A flor calêndula que canta no abismo floresce silenciosamente, também o ódio e a tristeza, estão entrelaçadas nas folhas. A calêndula que canta o final faz com que a minha solidão cresça, espero por uma chuva que não quer cair. Uma lágrima faz as minhas recordações em pedaços, essas noites cheias de amor e ódio, o passado e o presente estão manchados por um mar de ilusões, a minha cabeça pergunta quando tocar no fundo o que verei? As minhas mãos protegem me contras essas palavras que transbordam traição, faz alguma tempo que vi o que é o amor. A clêndula que canta no penhasco murcha bruscamente, também o amor e o desejo, são envolvidos nas pétalas. Se um dia perder a esperança e a tristeza, onde estaria a realidade? Apenas posso respirar, por que o ruído dos meus pulmões vai provar que ainda vivo. A calêndula que canta o fim do mundo, esta flor parece não desvanecer, resistente contra a terra, mas quando sonha ela réquiem do abismo, o suficiente para fazê-la desaparecer com o vento seco do canto fúnebre.