sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

deslize, rodopie e pare


Convidaram a chuva para os dias ensolarados. As gotas sussurram quietamente rebeldes, dançam um passo-a-passo numa poça de agua imitando o som de uma orquestra antiga. Abandonei o guarda-chuva e mostrei um sorriso inocente, chove nos telhados. Não lamento que numa tarde de Verão num domingo, chova sobre mim. Agora danço um passo atrás do outro numa piscina de chuva e imito o crescer d'um coro, deslizo e rodopiei, dei risadas. Os animais sacudem a água da chuva como se estivessem a brincar e rebolam nas poças, como se fosse uma dança imitando o som da chuva, a chave trancada no céu.